terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Entrevista com Roberta Jafet

Roberta Jafet é atriz, cantora, bailarina e arquiteta. Atualmente está em cartaz com Wicked, no Teatro Renault. Confira essa entrevista "maralove" que ela deu ao Estante Da Cultura!


Conheça Roberta:

Foto: Paulo Emilio Lisboa
Nome completo: Roberta Bunemer Jafet
Data de nascimento: 03 de junho de 1992
Um filme: Meninas Malvadas (as frases fazem parte do meu cotidiano, rs)
Um musical: O Fantasma da Ópera 
Uma música: Feeling Good – Nina Simone
Uma comida: Batata frita
Um lugar: Disney 
Uma frase: “If you can dream it, you can do it.” – Walt Disney




Entrevista: 

EC: Você já queria ser atriz desde criança? 
RJ: Se tem uma coisa que eu lembro vividamente da minha infância é da minha resposta quando me perguntavam, “o que você quer ser quando crescer?” E era sempre a mesma, “atriz de Hollywood”. Todo mundo dava risada, é claro. Imagina, uma criança respondendo isso. Fui inserida nesse meio artístico muito cedo. Cresci cantando com os CDs de musicais que meus pais tinham e com os Sing Along Songs da Disney. Estudei na Graded School of São Paulo, colégio americano que tem um programa de artes inigualável. Danço desde os três anos. E quando assisti O Fantasma da Ópera aqui em São Paulo, tive certeza de que era aquilo que eu queria fazer da vida. Então, sim, eu sempre quis ser atriz, mas acho que hoje eu diria Broadway, e não Hollywood.

EC: O que é mais cansativo: interpretar uma personagem no ensemble ou protagonista?
RJ: Ambos têm seus desafios, mas a energia que a Elphaba demanda é enorme, tornando-a mais cansativa. Claro que após algumas apresentações, essa energia é dosada para que seja possível dar mais em alguns momentos e menos em outros, sem prejudicar o resultado final. Sendo cover, outro grande desafio é alternar vocalmente entre Soprano 1, minha linha vocal no ensemble, e Belter, na Elphaba, pois cada estilo exige consciências vocal e muscular distintas. Aprender a ter essa versatilidade é essencial, especialmente no ramo de Teatro Musical.

EC: O que te levou a cursar Arquitetura? 
RJ: O ramo artístico é muito amplo. Existe um enorme leque de oportunidades profissionais, sejam elas melhores ou piores. Não posso falar pelos outros, mas eu, particularmente, acredito na importância de um Plano B. Por isso, decidi cursar Arquitetura. Também, meu pai é engenheiro, então sempre tive muito contato com o setor imobiliário, ramo que caminha paralelamente à arquitetura, facilitando a escolha.

EC: Se pudesse escolher só uma coisa pra fazer entre cantar, dançar e atuar, o que seria?
RJ: Cantar.

EC: Qual sua personagem dos sonhos de um musical?
RJ: Tenho tantas. Uma delas com certeza era a Elphaba. Sou muito grata por ter esse sonho realizado. Também tenho muita vontade de interpretar Anastasia, Christine e Evita.

EC: Qual o maior desafio em interpretar a Elphaba? 
RJ: Particularmente, eu tive maior dificuldade em encontrar a energia e o peso da Elphaba. Por mais que vocalmente eu seja Elphaba, na vida eu sou mais Glinda, rs. Então, essa busca foi um dos meus maior desafios.

Roberta como Elphaba em "Wicked". Foto: Desconhecido


EC: Que conselho você daria para alguém que está pensando em entrar no meio artístico? 
RJ: Estudar muito e tentar se aprimorar em diversas áreas para estar sempre preparado para o que vier pela frente. E nunca se desanimar por conta de um simples “não”.

EC: Se você pudesse escolher um animal para definir o momento que você está vivendo agora, qual seria? Por quê? 
RJ: Nossa, que pergunta difícil. Acho que uma borboleta, pois ela representa metamorfose e evolução, tanto interna quanto externa, nos ensinando que os estágios que passamos na vida são importantes e indispensáveis para que não se pule de fase sem atenção ao que está sendo feito. Passei por momentos de muita provação e aprendizado em 2016, especialmente no Wicked. Entrei uma pessoa e estou saindo outra. E não faria absolutamente nada de outra forma.



Roberta também deixou um recado para vocês, leitores do Estante Da Cultura: "Busquem o contato constante com a arte. Nossa sociedade precisa adquirir esse hábito. Super beijo!" 

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