Roberta Jafet é
atriz, cantora, bailarina e arquiteta. Atualmente está em cartaz com Wicked, no
Teatro Renault. Confira essa entrevista "maralove" que ela deu ao
Estante Da Cultura!
Conheça Roberta:
Foto: Paulo Emilio Lisboa |
Nome completo: Roberta Bunemer Jafet
Data de nascimento: 03 de junho de 1992
Um filme: Meninas Malvadas (as frases fazem parte do meu
cotidiano, rs)
Um musical: O Fantasma da Ópera
Uma música: Feeling Good – Nina Simone
Uma comida: Batata frita
Um lugar: Disney
Uma frase: “If you can dream it, you can do it.” – Walt
Disney
Entrevista:
EC: Você já
queria ser atriz desde criança?
RJ: Se tem uma coisa que eu lembro
vividamente da minha infância é da minha resposta quando me perguntavam, “o que
você quer ser quando crescer?” E era sempre a mesma, “atriz de Hollywood”. Todo
mundo dava risada, é claro. Imagina, uma criança respondendo isso. Fui inserida
nesse meio artístico muito cedo. Cresci cantando com os CDs de musicais que
meus pais tinham e com os Sing Along Songs da Disney. Estudei na Graded School
of São Paulo, colégio americano que tem um programa de artes inigualável. Danço
desde os três anos. E quando assisti O Fantasma da Ópera aqui em São Paulo,
tive certeza de que era aquilo que eu queria fazer da vida. Então, sim, eu
sempre quis ser atriz, mas acho que hoje eu diria Broadway, e não Hollywood.
EC: O que é
mais cansativo: interpretar uma personagem no ensemble ou protagonista?
RJ: Ambos têm seus desafios, mas a
energia que a Elphaba demanda é enorme, tornando-a mais cansativa. Claro que
após algumas apresentações, essa energia é dosada para que seja possível dar
mais em alguns momentos e menos em outros, sem prejudicar o resultado final.
Sendo cover, outro grande desafio é alternar vocalmente entre Soprano 1, minha
linha vocal no ensemble, e Belter, na Elphaba, pois cada estilo exige
consciências vocal e muscular distintas. Aprender a ter essa versatilidade é
essencial, especialmente no ramo de Teatro Musical.
EC: O que te
levou a cursar Arquitetura?
RJ: O ramo artístico é muito amplo.
Existe um enorme leque de oportunidades profissionais, sejam elas melhores ou
piores. Não posso falar pelos outros, mas eu, particularmente, acredito na
importância de um Plano B. Por isso, decidi cursar Arquitetura. Também, meu pai
é engenheiro, então sempre tive muito contato com o setor imobiliário, ramo que
caminha paralelamente à arquitetura, facilitando a escolha.
EC: Se pudesse
escolher só uma coisa pra fazer entre cantar, dançar e atuar, o que seria?
RJ: Cantar.
EC: Qual sua
personagem dos sonhos de um musical?
RJ: Tenho tantas. Uma delas com
certeza era a Elphaba. Sou muito grata por ter esse sonho realizado. Também
tenho muita vontade de interpretar Anastasia, Christine e Evita.
EC: Qual o
maior desafio em interpretar a Elphaba?
RJ: Particularmente, eu tive maior
dificuldade em encontrar a energia e o peso da Elphaba. Por mais que vocalmente
eu seja Elphaba, na vida eu sou mais Glinda, rs. Então, essa busca foi um dos
meus maior desafios.
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Roberta como Elphaba em "Wicked". Foto: Desconhecido |
EC: Que
conselho você daria para alguém que está pensando em entrar no meio
artístico?
RJ: Estudar muito e tentar se
aprimorar em diversas áreas para estar sempre preparado para o que vier pela
frente. E nunca se desanimar por conta de um simples “não”.
EC: Se você
pudesse escolher um animal para definir o momento que você está vivendo agora,
qual seria? Por quê?
RJ: Nossa, que pergunta difícil.
Acho que uma borboleta, pois ela representa metamorfose e evolução, tanto
interna quanto externa, nos ensinando que os estágios que passamos na vida são
importantes e indispensáveis para que não se pule de fase sem atenção ao que
está sendo feito. Passei por momentos de muita provação e aprendizado em 2016,
especialmente no Wicked. Entrei uma pessoa e estou saindo outra. E não faria
absolutamente nada de outra forma.
Roberta também deixou um recado para
vocês, leitores do Estante Da Cultura: "Busquem o contato constante com a
arte. Nossa sociedade precisa adquirir esse hábito. Super beijo!"