terça-feira, 20 de junho de 2017

Entrevista com Jessé Scarpellini

Entrevistamos o ator Jessé Scarpellini, atualmente em cartaz no Teatro Renault como Lesgles no musical Les Misérables. Jessé nos contou um pouco de tudo nessa entrevista, confira!

Instagram: @jscarpellini
Foto: Rodrigo Negrini


A maioria das questões utilizadas nessa entrevista foram idealizadas por Carin Lima


EC: Quando foi que você descobriu que queria ser ator, e trabalhar com musicais? Por que o teatro musical? 

JS: Lembro que quando eu era criança, imaginava que pra aparecer na TV tinha que ser muito rico e pagar pra estar lá. Quando eu descobri que os atores ganhavam pra fazer o que eles fazem eu pensei: Por que???? Por que todo mundo não quer ser ator? Hahaha. Sempre quis atuar, e cresci em uma família extremamente musical, somos em quatro irmãos homens. Lembro que meu pai não tinha grana pra pagar aula de inglês, informática etc. pra todos, e então ele escolheu colocar todo mundo pra estudar música, por que segundo ele, isso nos abriria a cabeça e nos faria independentes. E hoje eu sei que ele estava certíssimo, canto em coral desde que me conheço por gente, corais infantis de igreja etc.
Eu tinha 24 anos, trabalhava de terno e gravata e sentia que estava atuando em todos os meus empregos. Eu atuava que dominava todos os assuntos, eu falava com propriedade de coisas que não tinha a menor ideia, já trabalhei até em um hospital indígena em Manaus, acreditem, e até era promovido. Li um livro que mudou minha vida, e esse livro dizia sobre a arte de atuar.
Aos poucos eu fui me sentindo doente por dentro, como se aquela vida não fosse a minha. Eu sempre sonhei em viver da arte, mas eu sempre quis ser rico, rs, sim é um dos meus sonhos. Pra conseguir suprir essa falta de arte na minha vida, eu montei em uma ONG, uma escola de música gratuita pra quem quisesse aprender música. Consegui patrocínio do governo e durante três anos, 150 pessoas de todas as idades tinham aulas de todos os instrumentos de orquestra, canto etc. Era tipo um O Dia dos Musicais, só que toda semana. Por conta disso, eu tinha que coordenar vinte professores de música, e pra não ficar atrás eu continuei estudando música. Em resumo, o teatro musical que me puxou, eu nem conhecia ele direito rs.



EC: Você esperava entrar tão rapidamente no meio, passando em sua primeira audição, e desde então, emendar um espetáculo atrás do outro?


JS: O primeiro musical que eu assisti, pasmem, foi A Família Adams, sentei na última cadeira do balcão, quando os ônibus desciam a brigadeiro, minhas costas tremiam. Eu assisti, e me lembro de olhar alguns papeis e pensar: "Hey eu faria isso bem!". Nos dias seguintes eu peguei o programa da peça, e pesquisei com quem aqueles artistas estudavam, mandei mensagem pra todos esses professores pelo facebook pedindo aula. A Andréia Vitfer me respondeu, e por muito tempo eu estudei Teatro Musical escondido, não por que alguém iria me julgar, mas por que eu não queria gerar expectativa em ninguém. 

Muito tempo depois, eu estava na Casa de Artes Operária, e a Andréia me disse: "Você já pensou em fazer musical?" Eu engoli seco, e fiz algum grunhido com a boca, ela seguiu: "Vai ter uma audição de um musical que chama A Madrinha Embriagada, eu gostaria que você fizesse, não estou dizendo que você vai passar, mas é só pra você ter uma experiência de audição", eu concordei. 

Fui com roupa de administrador, cantei e saí correndo pro trabalho. Passei no teste de canto e avisei a Andreia, que sabiamente me manteve com os pés no chão: "Que boa notícia querido, mas amanhã é dança né?". Nós sabíamos que eu era um pelicano dançando. A audição de dança foi o pior momento da minha vida, eu estava dormente mentalmente, e só pensava: "Ninguém me conhece e ninguém nunca mais vai me ver, então vou fazer cara de que sou O bailarino". Não adiantou, não posso dizer que dancei, escolha uma coreografia do Cats e peça pra algum tio barrigudo imitar em uma velocidade rápida, basicamente isso foi meu teste. 

Os bailarinos que estavam na audição me ajudaram muito, por que sabiam que eu não apresentava nenhum risco. Quando saí, eles me falaram que tinham sido reprovados, eu imaginei que também tinha sido. Mas foi a aí que o Baccic me disse que eu tinha sido aprovado, eu reclamei com ele: "Deve ter alguma coisa errada, aqueles meninos dançam e eu não muito" rs Ele respondeu "Pode ser que estejam pensando em você pra um personagem que não precisa dançar". Eu concordei. Fiz nove testes ao todo, e eu passei. 

Não esperava, mas sonhava. Larguei tudo, emprego etc. Depois da nossa estreia Vip, o Saulo Vasconcellos me disse: "Parabéns menino, primeiro musical e aplaudido em cena aberta", eu sorri e perguntei escondido pro Will Anderson: "O que é cena aberta?". Aquele dia senti que eu estava onde meu coração vibrava. E a partir de então investi todo meu dinheiro e tempo em aulas, pra continuar fazendo musicais. 


EC: Como foi já iniciar sua carreira trabalhando com nomes de peso do teatro musical, como Saulo Vasconcelos, Kiara Sasso, Sara Sarres...? Foi estranho em algum momento se ver ali também?

JS: Foi normal na época, pois eu não sabia quem eram eles. Hoje sei que isso foi um plano de Deus, por que se eu tivesse a consciência de quem eles são e o que representam, eu teria feito tudo diferente e com muito medo. Pra mim eles eram pessoas normais, que provavelmente tinham a mesma vida que eu, rs. Eu era um alienígena, e todo mundo sabia disso, nos primeiros meses da temporada eu saquei tudo. E quando finalmente caiu minha ficha eu tremi! Eu olhei cada segundo daquele ano com atenção, aprendendo, respeitando e aplaudindo, não só eles e suas trajetórias. Mas os meus amigos do ensemble, diretores, produtores. Sou extremamente grato ao Baccic, por que o projeto do Sesi foi um sonho dele, e o sonho dele fez o meu sonho acontecer.  


EC: Você se inspirou em alguém real pra fazer o zelador do A Madrinha Embriagada? Ou é apenas um estereótipo de um morador da Mooca?

JS: Ande por vinte minutos na Mooca e você estará treinado pra fazer o zelador rs. Na época meu sotaque era muito mais carregado, não falava um plural, o Frederico Reuter me sacaneava muito e foi ele quem deu a ideia do personagem ser da Mooca. Até então meu zelador tinha um sotaque mineiro, foi aí que o Miguel Falabella, ainda nas leituras, criou a piada em que a Jane Valadão imitava um sotaque do interior ao falar: "Santa Barbara do Oeste". 
Miguel pediu pra eu mudar o sotaque, perguntou onde eu morava, eu disse que na Mooca, papo vai e papo vem, resolvemos mudar o sotaque ali na leitura. Foi horrível, eu misturei o sotaque mineiro, a mooca e o chewbacca. As pessoas me olhavam constrangidas, pra mim era o fim da minha carreira que acabara de começar, mas no outro dia voltei afiado com o sotaque da mooca, e funcionou. 
Na montagem das cenas, eu me divertia sem pudor e criava coisas que não estavam no texto, como o fantasma da Oprah etc. Lembro do Saulo sorrir e dizer: "Menino você é ousado, cria Cacos na frente do diretor", mais uma vez eu sorri e perguntei pro Will: "O que são cacos?".
Lembro de todos serem muito generosos comigo, o Zelador veio como todos os outros personagens que eu crio, brincando.


EC: Qual processo de audições dos quais você participou foi mais longo/exaustivo? 

JS: Acho que Wicked! Eu não sou mais aquele menino desencanado (Droga!). Agora eu sofro nos testes, fiz 8 testes pro Wicked e sofri bastante de ansiedade. 


EC: Se trabalhar no ramo artístico não desse certo pra você, qual seria seu plano B?

JS: Fã de musical! Brincadeira. Acho que não teria seguido a carreira de Administrador e Marketing, não me vejo em um escritório por muito tempo num dia. Provavelmente eu lutaria pra ter um restaurante temático, e depois de um tempo construiria muitas casas pra alugar rs.


EC: Desde seu primeiro trabalho, o contato com fãs sempre foi muito grande. Em algum momento isso te assustou de alguma forma? Qual a importância desses fã clubes para o espetáculo, e para os artistas?

JS: Nunca tive nenhum tipo de problema com fã, ao contrário, sempre foram muito carinhosos comigo, mesmo quando trocam meu nome, ou perguntam “Oi você é o que no musical?” Uma vez eu respondi: “A menina verde!”
A carreira de ator não é fácil, na verdade é muito difícil. Fã é um afago no meio do furacão que é o showbusiness, e, para o espetáculo, funciona mais do que qualquer agencia de marketing, afinal quem não confia num bom “boca a boca”.


EC: Além de cantar, você também toca alguns instrumentos musicais, mesmo que arranhando. Quais são eles? E qual o seu preferido?

JS: Estudei na Escola Municipal de Música de São Paulo flauta transversal, depois estudei regência e regi por um bom tempo corais e orquestras não profissionais. Arrisco 2% de piano, sax, violão e, acredite, gaita de fole! Meu preferido de todos ainda é a voz.


EC: Quando criança, você participou do Projeto Guri, que levava o ensino de música à população. Mais tarde, você também coordenou um projeto com as mesmas características. Pra você, qual a importância de projetos como esses? 

JS: Meu TCC foi sobre isso. Eu digo por experiência de causa que a música transforma vidas, apesar de parecer slogan de igreja, é real. Mesmo que não seja a sua profissão, a música desenvolve o raciocínio, a disciplina pessoal, a educação, e é comprovado que a troca de informações entre os dois lados do cérebro aumenta, pesquisem sobre o “efeito Mozart”. Pra mim o formato “estudar música” mostra que o esforço gera resultado, logo que começa a tocar e as bocas se abrem de admiração ou repulsa se você for desafinado rs. Olhe no fundo do olho de quem é musical, é diferente!


EC: Em 2010, você foi premiado pela International Youth Foudation como jovem empreendedor Brasil. Conte mais sobre isso.

JS: Eu comecei a dar aula de música com uns 16 anos, de graça mesmo. Montei com uma amiga a Academia de Música de São Paulo, tinham aulas semanais de todos os instrumentos de orquestra, além de teoria musical e canto. A gente não sabia que era grande coisa, por que simplesmente fizemos com muito entusiasmo. Mas hoje olhando pra trás eu vejo que era um projeto lindo e muito, muito grande.
Com 21 anos eu recebi esse prêmio de Jovem Empreendedor do ano, eu acho engraçado esse título rs, com o dinheiro eu comprei dez violinos para o projeto. A Academia de Música não existe mais nos mesmos moldes. Quando eu entrei pros musicais, não tinha mais tempo de tocar tantas coisas, e o patrocínio do governo tinha acabado, então doamos todos os instrumentos e materiais pra uma igreja na região que tinha um projeto muito parecido, esses instrumentos são usados até hoje ensinando pessoas a tocar.
Acho que foi a melhor “árvore” que eu plantei na minha vida, por que de lá saíram seres humanos incríveis. Às vezes encontro um ou outro, e percebo que eles são diferentes, são lideres em suas profissões, tem um olhar mais critico e apurado sobre o mundo.


EC: Como nasceu a idealização do projeto O Dia dos Musicais, em parceria com A Loja dos Musicais?

JS: Uma vez eu estava correndo na rua e pensando no mercado de teatro musical no Brasil. É um mercado adolescente ainda, quando se pensa em sua sustentabilidade. Não temos a estrutura que os americanos e os ingleses têm, mas também não somos iniciantes. Tudo que fazemos em geral é bem feito.
Queria algo que ajudasse os atores a ter mais opções de estudos, inclusive eu, alguma coisa que aumentasse a quantidade de alunos nas escolas de teatro musical, e que engordasse nosso mercado com mais profissionais, professores, escolas, produções, enfim, o que fizesse o motor acelerar.
Óbvio que eu não sou louco de achar que essa responsabilidade estaria só nas minhas mãos, mas pensei em alguma coisa pra ajudar. Uma coisa que unisse todo mundo, sem rivalidades ou competição, foi no meio da corrida que veio todo o projeto na minha cabeça.
Sou muito amigo do Lurryan que é o dono da Loja dos Musicais, eu acho ele o cara mais criativo que eu conheço, é capaz de montar a Pietá de Michelangelo com um guardanapo do Mc Donalds. Contei sobre a idea, e o convidei pra fazer isso acontecer junto comigo. Eu não queria que fosse uma produção do Jessé Scarpellini, me soava meio egóico, eu como aluno confiaria mais em um projeto de uma empresa de credibilidade como A Loja dos Musicais.
Foi muito rápido, o Lurryan veio com tudo que faltava, bom gosto, criatividade, agilidade etc. Nossa engrenagem começou a funcionar, os parceiros foram chegando, e acho que a primeira edição deu tão certo, por que foi feito com paixão, cuidado e vontade de se divertir.  


EC: Pra você, quais as principais diferenças em participar de um musical no formato de franquia, como Wicked, e uma montagem mais nacional, como O Homem De La Mancha? Qual delas agrada mais seu gosto?

JS: Os gringos entendem o que funciona, montam o show como quem monta um lego, cada peça no lugar certo. Eu gosto do profissionalismo deles.
As franquias em geral deixam uma margem pequena pra se criar, e como ator isso pode ser um pouco frustrante se você não souber administrar. Os Les Miserables foi bem diferente, eles deixaram a gente totalmente livre, e respeitaram nossa cultura, nossa forma de pensar e se expressar, chegando muito próximo ao que acontece em uma montagem nacional, onde o ator tem um papel de criação extremamente relevante.
Cada montagem é uma montagem, eu dei muita sorte, gostei muito das montagens que participei, tanto as nacionais, como as gringas.
  


EC: Sonha em fazer algum papel e/ou musical em específico? 

JS: Quero muito fazer o The Book Of Mormon um dia! Adoraria fazer o Corcunda, o Lefou da Bela e a Fera, o Zazu do rei Leão. Eu adoraria fazer musicais brasileiros, com histórias nossas também, ainda não fiz nenhum.


EC: Enquanto Cover, qual foi o personagem mais desafiador que você encarou, e por quê? Qual você mais se divertiu em fazer?

JS: O Sancho Pança foi o mais difícil pra mim, eu não tinha nada em comum com ele, exceto a altura rs. Eu procurei construir uma voz diferente e mais envelhecida, trejeitos, olhar etc. Hoje eu faria muito diferente do que fiz na época, às vezes isso me irrita um pouco e não consigo nem ver os vídeos hehe. Mas para o repertório que eu tinha na época acho que funcionou. Me divertia muito fazendo o Aldolpho de A Madrinha Embriagada, era um personagem hilário.

Sancho Pança
Foto: Carin Lima

  
EC: Além do teatro musical, você também já se aventurou pelo YouTube. Faz parte dos seus planos trabalhar com outros meios de comunicação, como TV, cinema, e teatro "não-musical"? 

JS: Eu gosto muito de cinema, não só como espectador. Já estudei algumas coisas focadas em cinema, acho o mercado brasileiro interessantíssimo, e cada vez mais profissional. Adoraria fazer longas e séries, quem não gostaria?

O lance do youtube foi uma brincadeira séria entre amigos, a ideia era experimentar e se divertir sem muita expectativa, sempre me falam pra criar um canal, mas acho que sou um pouco ogro pra falar “Olá seguidores”, não sei.

Tenho alguns projetos de peças sem ser musical, está no meu radar e no meu coração. Quero muito fazer personagens que me afastem do humor, já fiz em alguns cursos e fiquei muito empolgado com isso.


EC: Você e o ator Douglas Tholedo são cara de um, cover (da vida real) do outro. Qual a história mais engraçada de já terem confundido vocês dois?

JS: Já pediram pra tirar foto comigo achando que eu era o Douglas, mas eu estava tão cansado pra argumentar que acabei tirando. Agora as pessoas fazem de sacanagem e brincadeira, mas no começo nos marcavam em fotos erradas. Fui conhecer o Douglas esse ano só, e a sorte é que ele é muito legal, e nosso humor é parecido em um lugar, então estamos muito amigos.
Eu chamo ele de Îrmo, e nos tratamos como irmãos, inclusive em uma das barricadas, bati com a arma no supercílio dele e o deixei com uma cicatriz pro resto da vida, como todo bom irmão faz. Meu plano é que ele pague o Negrini pra renovar o book dele, e com isso, pretendo usar essas fotos como meu portfólio.

Douglas e Jessé em "Les Misérables"
Foto: T4F

  

EC: Qual a sensação de participar, por três anos consecutivos, do Melhor Musical de acordo com o voto popular?

JS: Quando recebemos o prêmio pelo Wicked eu comentei com os produtores do La Mancha e Madrinha: “Viram como sou pé quente? Onde eu estou o prêmio chega!” ahaha. Tomara que a sorte continue me acompanhando, vou colocar isso no meu currículo.


EC: Como o contato com as artes mudou sua vida? 

JS: Não lembro de ter uma vida sem a arte, acho até que ninguém tem uma vida sem arte. Todo mundo ouve música, vê filme, tv, fotos etc. Tudo isso é arte, acho que a diferença é ter um olhar apurado pra entender o que aquilo altera nas suas emoções.


EC: Qual conselho você daria às pessoas que, assim como você, descobriram "tarde" o teatro musical? É possível entrar no meio mesmo não estudando sobre o assunto desde a infância/adolescência? 

JS: Claro que é, cada um tem uma história, uma trajetória. Não tem regras, acho importante ser sincero e natural o tempo todo. As pessoas se interessam pela verdade, um olhar vivo, ou ver no palco um personagem que pareça seu vizinho, ou você mesmo.
Eu não tive contato com teatro musical desde criança, mas sempre tive contato com música e teatro, separadamente. Não basta gostar, tem que estudar, e muito. É tipo, 10% dom, o resto é correr atrás. Tenho conhecidos que entraram pros musicais depois dos quarenta e tantos anos, ou mais. Então vai estudar fio.



EC: Se pudesse definir sua vida nesse momento em um animal, qual seria? Por quê?

JS: Uma lagarta gorda que não cabe no casulo hahaha Sacanagem! Acho que uma girafa, Deus me deu um pescoço gigante e consegui ver e observar muita coisa nesses anos. Tenho opções de horizontes pela frente. Acho que quietinha ela analisa e imagina qual caminho seguir sem muito alarde, mas com muito bom humor, afinal é amarela com manchas marrons.



Jessé também deixou um recado para os leitores do Estante Da Cultura: "Parabéns por serem seres evoluídos que se interessam pela cultura, e consomem o melhor produto do planeta! Ninguém nunca vai roubar o conhecimento e as sensações que o teatro e a cultura tatuam na gente. Obrigado pelas perguntas, e sabe Deus por que se interessarem pelas minhas respostas. Gente que se interessa por teatro não é normal, e isso torna essas pessoas muito mais interessantes. Um beijo!" 

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Entrevista com Roberta Jafet

Roberta Jafet é atriz, cantora, bailarina e arquiteta. Atualmente está em cartaz com Wicked, no Teatro Renault. Confira essa entrevista "maralove" que ela deu ao Estante Da Cultura!


Conheça Roberta:

Foto: Paulo Emilio Lisboa
Nome completo: Roberta Bunemer Jafet
Data de nascimento: 03 de junho de 1992
Um filme: Meninas Malvadas (as frases fazem parte do meu cotidiano, rs)
Um musical: O Fantasma da Ópera 
Uma música: Feeling Good – Nina Simone
Uma comida: Batata frita
Um lugar: Disney 
Uma frase: “If you can dream it, you can do it.” – Walt Disney




Entrevista: 

EC: Você já queria ser atriz desde criança? 
RJ: Se tem uma coisa que eu lembro vividamente da minha infância é da minha resposta quando me perguntavam, “o que você quer ser quando crescer?” E era sempre a mesma, “atriz de Hollywood”. Todo mundo dava risada, é claro. Imagina, uma criança respondendo isso. Fui inserida nesse meio artístico muito cedo. Cresci cantando com os CDs de musicais que meus pais tinham e com os Sing Along Songs da Disney. Estudei na Graded School of São Paulo, colégio americano que tem um programa de artes inigualável. Danço desde os três anos. E quando assisti O Fantasma da Ópera aqui em São Paulo, tive certeza de que era aquilo que eu queria fazer da vida. Então, sim, eu sempre quis ser atriz, mas acho que hoje eu diria Broadway, e não Hollywood.

EC: O que é mais cansativo: interpretar uma personagem no ensemble ou protagonista?
RJ: Ambos têm seus desafios, mas a energia que a Elphaba demanda é enorme, tornando-a mais cansativa. Claro que após algumas apresentações, essa energia é dosada para que seja possível dar mais em alguns momentos e menos em outros, sem prejudicar o resultado final. Sendo cover, outro grande desafio é alternar vocalmente entre Soprano 1, minha linha vocal no ensemble, e Belter, na Elphaba, pois cada estilo exige consciências vocal e muscular distintas. Aprender a ter essa versatilidade é essencial, especialmente no ramo de Teatro Musical.

EC: O que te levou a cursar Arquitetura? 
RJ: O ramo artístico é muito amplo. Existe um enorme leque de oportunidades profissionais, sejam elas melhores ou piores. Não posso falar pelos outros, mas eu, particularmente, acredito na importância de um Plano B. Por isso, decidi cursar Arquitetura. Também, meu pai é engenheiro, então sempre tive muito contato com o setor imobiliário, ramo que caminha paralelamente à arquitetura, facilitando a escolha.

EC: Se pudesse escolher só uma coisa pra fazer entre cantar, dançar e atuar, o que seria?
RJ: Cantar.

EC: Qual sua personagem dos sonhos de um musical?
RJ: Tenho tantas. Uma delas com certeza era a Elphaba. Sou muito grata por ter esse sonho realizado. Também tenho muita vontade de interpretar Anastasia, Christine e Evita.

EC: Qual o maior desafio em interpretar a Elphaba? 
RJ: Particularmente, eu tive maior dificuldade em encontrar a energia e o peso da Elphaba. Por mais que vocalmente eu seja Elphaba, na vida eu sou mais Glinda, rs. Então, essa busca foi um dos meus maior desafios.

Roberta como Elphaba em "Wicked". Foto: Desconhecido


EC: Que conselho você daria para alguém que está pensando em entrar no meio artístico? 
RJ: Estudar muito e tentar se aprimorar em diversas áreas para estar sempre preparado para o que vier pela frente. E nunca se desanimar por conta de um simples “não”.

EC: Se você pudesse escolher um animal para definir o momento que você está vivendo agora, qual seria? Por quê? 
RJ: Nossa, que pergunta difícil. Acho que uma borboleta, pois ela representa metamorfose e evolução, tanto interna quanto externa, nos ensinando que os estágios que passamos na vida são importantes e indispensáveis para que não se pule de fase sem atenção ao que está sendo feito. Passei por momentos de muita provação e aprendizado em 2016, especialmente no Wicked. Entrei uma pessoa e estou saindo outra. E não faria absolutamente nada de outra forma.



Roberta também deixou um recado para vocês, leitores do Estante Da Cultura: "Busquem o contato constante com a arte. Nossa sociedade precisa adquirir esse hábito. Super beijo!" 

terça-feira, 15 de novembro de 2016

Entrevista Com Ingrid Gaigher

Foto: Philipp Lavra

Entrevistamos Ingrid Gaigher, atriz que atualmente está ensaiando para o musical Rent. Ingrid será Mimi Marquez no musical, que estreia em Dezembro em São Paulo.

Conheça Ingrid:

Nome completo: Ingrid Gaigher
Data de nascimento: 08/05/1991
Um filme: Into The Wild
Um musical: Hair
Uma música: Light My Fire
Uma comida: Massa Verde
Um lugar: Cinema
Uma frase: "Onde não há amor não te demores"


Entrevista:

EC: Você já tinha o sonho de ser atriz ou foi algo que simplesmente "aconteceu"?
IG: Na verdade, pode parecer arrogante, mas eu sempre soube que era atriz. Mesmo. Começei com a dança porque foi algo que de certa forma aconteceu de uma maneira mais orgânica... nós temos a cultura de pôr as meninas quando criança na dança, mais especificamente no Ballet Clássico, minha família não foi diferente, também muito sob influência da minha avó que era atriz e bailarina. Gostei, segui por anos mas sempre vi a dança como um caminho pra linguagem que sempre quis me expressar, que é a atuação.

EC: Qual foi a personagem mais desafiadora que você já interpretou?
IG: Aldonza, em O Homem de La Mancha. O personagem tem carga dramática enorme, vocalmente não era, na época do espetáculo, algo que eu dominasse tanto, eu substituia Sara Sarres, existiu um tempo menor de ensaio e a responsabilidade de estar sempre pronta pra entrar em cena, e a concepção do Miguel exigia camadas de interpretação, uma paciente de um hospício que interpretava Dulcinea de Miguel de Cervantes, teatro dentro do teatro, bem desafiador.

EC: Como foi sair de casa (RJ) e viver em SP a trabalho?
IG: Não foi nada pensado, vim ensaiar Alô Dolly! Foi doloroso na verdade. Vim sozinha, sem conhecer ninguém do elenco, meu primeiro trabalho, sem conhecer nenhuma rua de São Paulo. São Paulo não é uma cidade fácil.

EC: Você se considera mais atriz, cantora, bailarina, ou tem um "equilíbrio" entre os três?
IG: Me considero mais atriz. Mas tecnicamente, penso que domino menos a dança.

EC: Você tem dificuldade para esconder o sotaque carioca enquanto está em cena?
IG: Acho que depois desse tempo em São Paulo, naturalmente na vida eu abrandei o sotaque. É algo que penso sim, mas não uma preocupação.

EC: Como está sendo sua preparação para Mimi?
IG: Intensa. Muita demanda, expectativa externa, e eu naturalmente me cobro muito, muito trabalho ainda pela frente, mas to bem feliz, a Susi (diretora) e Katia (coreógrafa) nos dão muita liberdade e confiança, tem sido um processo maralove, risos.

EC: Qual sua personagem dos sonhos de um musical?
IG: Mama Rose de Gypsy e Kate de The Wild Party.

EC: Qual foi o seu trabalho mais marcante até hoje?
IG: Como intérprete, Malvina em Gabriela de João Falcão, mas Alô Dolly foi um grande acontecimento na minha vida, meu primeiro grande trabalho com Marília Pêra e Miguel Falabella, dois ícones, dois ídolos, não esqueço nunca.

EC: Você tem facilidade para "transitar" entre as técnicas vocais (belting, lírico...)? Com qual técnica você se identifica mais?
IG: Penso que sim. Belting.

EC: Se você pudesse escolher uma comida para definir o momento que você está vivendo agora, qual seria?  Por quê?
IG: Uma lasanha al fungui com frango. Uma coisa bastante informação.


Ingrid também mandou um recado para vocês, seguidores do Estante Da Cultura: "Continuem se interessando por cultura. Divulgando os trabalhos, prestigiando o teatro. A arte cura!

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Entrevista com Thuany Parente

Foto: Google

Entrevistamos a atriz Thuany Parente, que está atualmente em cartaz no Teatro Renault com o musical "Wicked - A História Não Contada Das Bruxas De Oz". Thuany é Swing Cantora, Cover de Glinda e Nessarose no musical.

Conheça Thuany:

Nome: Thuany Scheidegger Parente
Nascimento: 06/01/1992
Um filme: Maria Antonieta (sei todas as falas)
Um musical: Rent e Wicked - não consigo escolher um só
Uma música: I'll Cover You
Uma comida: Edamame
Um lugar: Palco
Uma frase: "I've heard we never truly see ourselves, you gotta leave it up to someone else to know how beautiful you really are."



Thuany como "Glinda" no musical "Wicked" // Foto: Victor Miranda



Entrevista:

EC: Por experiência própria, sei que o contato de vocês com os fãs de Wicked é muito grande. Você acha esse contato importante para o ator?
TP: Acho importante ter um feedback sempre. Tanto bom quanto ruim! Então é legal sempre ouvir o que o público tem a dizer. E o ator, na realidade, faz teatro para a plateia. Diferente de muitas outras artes, o teatro só existe se tem alguém assistindo, por isso que esse contato é tão precioso!

EC: Desde criança você já queria ser atriz?
TP: Sim. Descobri que as brincadeiras que eu fazia em casa poderiam ser uma profissão. Entrei num curso de teatro aos 7 anos e nunca mais quis sair!

EC: O que é mais cansativo: fazer uma personagem no ensemble ou protagonista?
TP: Essa pergunta é muito difícil! Acho que fazer protagonista te dá um pique maior. Quando estou em cena como Glinda, não consigo nem lembrar que estou cansada. Em compensação, a responsabilidade é muito maior, então tem que dar 100%. 99% já prejudica a qualidade do espetáculo, enquanto no ensemble você consegue "poupar" um pouquinho, se necessário.

EC: Qual a parte mais complicada de trabalhar num musical tão grande como Wicked?
TP: Acho que disciplina em tempo integral. Não existe mais a possibilidade de ir a uma festa e não prestar atenção na minha voz, ou nos movimentos que eu faço, mesmo que seja em véspera de folga. O cuidado deve ser constante. Nossa carga horária é muito pesada, então precisamos estar sempre saudáveis.

EC: De todas as personagens que você já interpretou, qual foi a mais difìcil?
TP: Olha, cada uma tem sua dificuldade. O atual é sempre o mais difícil, o mais desafiador da carreira. Talvez por ser ainda uma história aberta. A Glinda é a mais complexa, sem dúvida. Mas, por exemplo, eu não seria capaz de interpretá-la sem ter feito uma peça de comédia antes, Vampiras Lésbicas de Sodoma, que foi onde eu comecei a fazer humor. No começo era um pavor, perdia todas as piadas, rs. Acho que cada personagem é um degrau que você vai construindo para conseguir realizar desafios cada vez maiores!

EC: Se pudesse voltar no tempo, o que você diria para a Thuany que estava assistindo Wicked pela primeira vez?
TP: Acho que nada. Ela já ficou tão maravilhada com o que viu!! Haha

EC: Quando começou a carreira em musicais, você chegou a imaginar que estaria onde está hoje?
TP: Sim e não. Eu sonho grande, mas sou muito realista ao mesmo tempo. Não sei explicar esse paradoxo da minha cabeça, mas o que eu  posso dizer é que eu sentia muito perto, mas muito longe.


Nossa UniMãe, Thuany, também mandou um recado para vocês, seguidores do Estante Da Cultura: "Ei, continuem acompanhando o blog e se nutrindo de cultura! A arte salva! <3"

sábado, 10 de setembro de 2016

Entrevista com Beto Sargentelli e Leonardo Miggiorin



Entrevistamos os atores Beto Sargentelli e Leonardo Miggiorin que estão em cartaz no espetáculo "Godspell - Em Busca do Amor", no Teatro Das Artes em São Paulo. Confira:


EC: Como é trabalhar com tanta gente nova no teatro musical?
LM: É instigante, são todos muito talentosos e criativos!

BS: É maravilhoso! Acho que uma das vantagens dessa nossa montagem de Godspell é exatamente o frescor desse nosso elenco jovem que em sua maioria é composto por estreantes no circuito profissional. É engraçado pois apesar de eu já ter realizado inúmeros grandes trabalhos, minha carreira se iniciou bem cedo... tenho apenas 26 anos... mas me sinto como um irmão bem mais velho de alguns estreantes de 24, 25... São todos talentosíssimos e aprendo todos os dias com eles. 


EC: Como você concilia a novela e o teatro?
LM: Passo a semana no Rio de Janeiro, onde gravo a novela "A Terra Prometida", praticamente todos os dias. Nos dias de folga, pegava um vôo pra São Paulo pra ensaiar. Atualmente, venho aos finais de semana para fazer o espetáculo.


EC: Como é alternar o papel de Jesus com Rafael Pucca?
LM: Muito tranquilo! O Pucca é um amigo querido e talentoso, torço muito pelo sucesso dele!! Essa foi uma escolha da produção que mexeu com toda a estrutura do espetáculo. Como o processo foi assim desde o início, não houve surpresa pro grupo. Mesmo assim, essa é uma circunstancia que exige muita generosidade por parte do grupo todo, que tem que se entrosar com atores diferentes, tanto no papel de Jesus, como em outros, já qua a produção dispõe ainda de dois ´swings´ (Adler Henrique e Pricila Esteves, que sabem o espetáculo inteiro, mas, fazem poucas vezes. Mas, o Teatro tem uma característica pra quem acredita nele, com generosidade e empenho tudo se resolve.


EC: Como você se preparou para o musical? 
LM: Estive com o grupo desde o principio, mas, precisei ensaiar sozinho por muitas vezes, por conta de outro trabalho que já estava desenvolvendo no Rio. Viajava para São Paulo uma vez por semana. Foi a primeira vez que estive num processo assim. Ao mesmo tempo que foi doloroso não participar da criação de algumas cenas, meu personagem permitia uma interação 'a parte a toda encenação do grupo. Ou seja, acabamos acolhendo as circunstancias e utilizando isso a nosso favor, em cena. Foi uma escolha da produção e da direção e nós, atores, cuidamos de criar nossos personagens, cada um 'a sua maneira. 

BS: Nossos ensaios foram muito especiais, passamos por um processo criativo, dialético e colaborativo. Li muito sobre Judas, sobre Jesus... mas também fugimos totalmente de querer colocar nosso conteúdo em um altar, objetivamos aproximar do público de hoje palavras já tão repetidas em vão. Especialmente no meu caso, busquei tratar Judas Iscariotes como detentor de uma missão, não como o traidor ou o inimigo, mas sim como o único amigo que amava Jesus que teve a coragem de assumir esse papel. Tudo isso tendo o prazer de voltar a vivenciar a estética do teatro épico e do meta-teatro propostos por nosso diretor.  


EC: Qual a diferença do seu personagem atual para os outros que já interpretou?
BS: A grande diferença está não só na personagem, mas na estética teatral escolhida pelo nosso diretor Dagoberto Feliz.
Há uma abordagem meta-teatral e com elementos do teatro épico que nos levam a uma criação diferenciada das personagens, há a função do ator narrador, do ator em cena e a personagem que o ator brinca de fazer. Há a representação clara de Judas no meu caso, mas nosso objetivo está mais no quê estamos dizendo e não em como estamos dizendo. 


EC: O que essa montagem de Godspell tem de diferente das outras?
BS: É a primeira montagem realizada no Brasil com os novos arranjos feitos pelo compositor Stephen Schwartz para o revival da Broadway de 2011. Há também re-significações de canções muito famosas como Day by Day, Oh Bless the Lord, etc, por  ângulos nunca vistos anteriormente. Sem contar o final que é surpreendente mas não posso contar porque é segredo. 


EC: Por que o povo deve assistir o musical?
LM: Por tudo o que este musical representa em termos culturais. Por tudo o que temos questionado nos dias de hoje. Por tudo aquilo que queremos e não queremos ouvir, mas, de certa forma, precisamos. Nada melhor que uma boa dose de música e riso pra isso!

BS: Porque é um musical leve, divertido, discute o mundo em que vivemos com bom-humor, inteligência e que fala de fé mas não de religião. 

EC: Descreva o musical em 3 palavras
LM: Simples. Divertido. Impactante.

BS: Busca do Amor.

quinta-feira, 21 de julho de 2016

Ghost - O Musical


Inédito no Brasil, Ghost – O Musical abre venda de ingressos para as
sessões de pré-estreia, dias 2, 3 e 4 de setembro, no Teatro Bradesco, em
São Paulo, com texto e letras em português.


A 4ACT Entretenimento anuncia Ghost – O Musical, com estreia em 08 de setembro, no Teatro Bradesco, em São Paulo, apresentado por Ministério da Cultura e Grupo Bradesco Seguros, com patrocínio da Colgate. No entanto, para os fãs de musicais que quiserem assistir em primeira mão ao musical, já estão à venda ingressos para cinco sessões de pré-estreia. “Nós queremos dar oportunidade para que os apaixonados por teatro musical possam viver junto conosco as primeiras emoções de um espetáculo com uma história de amor tão intensa e que exige total entrega de todos”, explica Ricardo Marques, produtor do musical e presidente da 4ACT Entretenimento.

Com direção de José Possi Neto, direção de movimentos e coreografias de Floriano Nogueira e direção musical de Paulo Nogueira, Ghost - O Musical, é um espetáculo baseado no filme norte-americano, Ghost – Do outro lado da vida, de 1990, dirigido por Jerry Zucker, com roteiro de Bruce Joel Rubin e estrelado por Demi Moore, Patrick Swayze e Whoopi Goldberg.

Sinopse

Ghost conta a atemporal e forte história do jovem casal, Sam Wheat e Molly Jensen, muito apaixonados, que é interrompida por um assalto que resulta na morte de Sam. Preso neste plano, o espírito de Sam descobre a verdade por trás de seu assassinato e conclui que Molly está em perigo. Enquanto ele busca mais pistas e tenta proteger Molly, ele encontra a falsa vidente Oda Mae Brown. Embora ela tenha sido uma fraude por muitos anos, Sam descobre que ela realmente pode ouvi-lo e pede ajuda para que possa se comunicar com Molly através dela e, assim, alertá-la sobre os riscos que corre.


As pré-estreias exclusivas acontecem nos dias 2, 3 e 4 de setembro no Teatro Bradesco. Sexta às 21h, sábado às 17h e 21h e domingo às 16h e 20h. Os ingressos vão de R$30,00 até R$190,00. Você pode comprar na bilheteria do teatro ou pelo site www.ingressorapido.com.br

Duração: 2h30min com intervalo de 15min

segunda-feira, 11 de julho de 2016

Refúgio - O Musical

Musical autoral e inédito, com temática LGBT,
estreiou em junho em São Paulo



A Actuare Produções traz ao público brasileiro a montagem autoral e inédita de o Refúgio – O Musical, com direção geral e texto original de Alexandre Biondi, adaptação de Bruno Bossio e músicas originais e direção musical de Kaio Nobre e Vitor Moutte.

Em Refúgio – O Musical, Lucas é um rapaz obrigado a abandonar seus sonhos de estudar numa escola de artes para poder ajudar sua mãe Joice a sustentar a casa e cuidar da sua irmã mais nova, Mariana, trabalhando num emprego sem perspectiva alguma. Em horas livres, Lucas sai com seu melhor amigo Júnior
que mora em uma parte nobre da cidade. Quando Max, irmão mais velho de Júnior, volta pra casa por uma temporada, ele logo se interessa pelos talentos de Lucas. Os dois se apaixonam perdidamente, mas Lucas não entende os próprios sentimentos e entra em confronto com suas convicções e suas emoções.


Refúgio – O Musical tem como público alvo, jovens e adultos de todas as classes sociais, independentemente de sua orientação sexual. Através do cotidiano, sonhos, anseios, angústias e dificuldades de um jovem, o musical pretende não só discutir a luta em se descobrir homossexual e ser aceito pela família e a sociedade mas sim temas pertinentes a toda sociedade moderna como: relacionamentos, família, educação, profissão e amor.


Apesar da dramaticidade, momentos de leveza e uma pitada de humor também estão presentes na montagem que conta com nove personagens. Momentos de sensualidade estarão presentes e serão tão sofisticados quanto o texto que os acompanha. As 10 composições exclusivas têm arranjos contemporâneos e serão interpretados ao vivo pelos oito atores, acompanhados por dois músicos em cena (piano e violoncelo).


Refúgio – O Musical ficará inicialmente três meses em cartaz com apresentações uma vez por semana. 

Os interpretes de Max e Lucas serão os atores/cantores André Sakajiri e Waldírio de Castro, respectivamente. O elenco selecionado no início do ano entre 300 inscritos é formado por atores que passaram pelas principais escolas de teatro de São Paulo, Escola de Artes Célia Helena, ECA-USP e Macunaíma.



Refúgio - O Musical está em cartaz no Teatro União Cultural, próximo ao Metrô Brigadeiro, toda sexta-feira às 21h30min.
A temporada vai até dia 26/08 com ingressos de R$50 (Inteira) e R$25 (Meia)